Nunca entendi a sua morte,
Dita em meio a uma e outra bebida.
Pelo canto da boca sempre alva,
Que na tragédia me acolhia.
O acidente aconteceu como previra,
Naquela ânsia de viver tudo,
Como quem sabe da morte anunciada,
E quer ser único de uma vez.
Seu olhar goza na minha boca,
Mordida no canto dos lábios;
Noite que varamos escondidos,
Da aurora perturbada.
Seu clarão foi só presença,
Que ainda comove e chora,
Quando fico em solidão me agita,
E acordo para orar esquecida.
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