ATRAIO POESIA

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sábado, 21 de maio de 2011

CANÇÃO ENTRE DOIS MUNDOS

Sorri menina, que admiro quieta
não nos revelamos em noites de
dormir,
porque em seu seio eu vibro adormecido.

Minha paisagem é seu céu de abandono,
e sua tez é clara.
O vime que você procura é um sorriso de colibri.

Nas estrelas eu perambulo sobre seu céu de anis.
Raios que despedaçam quando a chuva do seu choro,
invade minha esperança em xis.


Meu balanço, balouça,
blém, blém,
ao sabor do vento suave do outono cósmico.

Gosto de comer pêssego,
do pé de nuvem alaranjada.
Só dá quando tem sol bem forte,
meio-dia.

O meu amor atravessa o tempo,
se esvai na castidade do espelho da sua alma.

Aproximo da árvore dos seus sentimentos,
galho por galho,
subo até a última folha.
Se gritar,
é porque soltei para o infinito.
Assim, respondo ao mestre oriental:
qual é o verdadeiro sentido da vida.

Vejo-o fazendo dança.
Rodopiando no ar,
a beleza que atravessa todas as esferas.

A música é cadência de energia,
holograma de som.
A paz não tem reserva de espírito.
É condensada na matéria como a onda do mar.

Respiro o ar profundo do universo,
Em consonância com a temperatura ambiente.
O corpo celeste necessita da gravidade,
Os seres espirituais necessitam de radiação
e movimento

E se as estrelas fossem os poros do corpo de Deus?
O Brilho delas seria a imagem do infinito.

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