Os cabelos sempre para trás,
O cansaço sempre na face,
A saia que cobria a perna torta;
O bolo de aniversário que não soprava velas.
Inspirava um consumo de arte,
À toa, só por prazer de ver o nada;
No sofá da sala,
Fitava invencionices.
Acho que inspirava vôos,
Mesmo em tristeza contemplativa.
A diversidade veio da sua casa,
Lugar construído, sem muros.
O neto independente,
O filho espírita,
A filha sem cabelos,
O marido torturado.
Nossa mente nunca se cumprimentou,
Mas meu coração aqueceu você em luz.
Sentimento de maternidade órfã,
De respeito e de dor.
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