Corri para porta,
Que o levou para sempre
Na noite em que o quintal miava de gatos,
Tua tosse cortou o vento escuro.
Crianças que ficaram chorando,
Meu agradecimento que não veio,
Mais alguém que não pude partilhar,
Mais lembrança de não ter sido mais.
Vejo a vaidade serena,
No portão daquela perdoada rua.
Histórias que nos faziam ver o mundo,
Para além do jardim de rosas aprisionado.
Jornal e máquina de moer carne,
Tocados por nossas mãos,
Será que ajudamos mais do que queremos?
Quem dera pudesse ter certeza do que somos.
Naquela rua já não passas mais,
Nossos domingos não serão mais;
As crianças já não vão mais,
O tempo mudou,
partiu para trás.
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