Sem conhecer
Vi o anjo
Os cachinhos louros
A pele recém nascida.
O nome de fábula,
Contraste de uma existência,
Efêmera,
Infantil.
Não sei chorar sobre os mortos,
Mas sei ouvir o grito surdo dos vivos,
E da mãe desfigurada,
No corredor de um hospital infecto.
Corri para te defender dos bandidos,
Vestidos de branco,
Fazendo xis sobre a boca,
Inertes, ante ao gemido sonâmbulo.
Porque sofro a dor que não é minha,
Porque todos os anjos nos comovem,
Porque não podemos revelar a inocência,
E perdoar os ímpios e os injustos.
Na terra veio para morrer;
Meu pranto derramar sobre o seu sangue coagulado,
Minha ira ser aplacada em gestos de ternura,
Para a vida e a insana ferida.
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